Estava eu,em mais uma madrugada de vazio interior e sem sono,no Facebook,de bobeira,rolando o scroll do mouse…
Até que,numa das postagens,que tinha cerca de 2 minutos,era de um garoto.Colega de escola,nunca fomos muito amigos.Já chegamos até a brigar.Ele é inquieto,fala alto,debochado…e eu sempre na minha,no meu silêncio,calada.Mas como não tenho mais paciência para brigas,ou mesmo energia,olhei o post com atenção.Dizia que um filme legal estava passando na TV,na Globo.Como eu não tinha nada a perder,fui procurar o nome do tal filme,para me certificar de que não era terror,e como já era de madrugada,terror me deixaria sem dormir.Pois bem,achei esse filme.Li a sinopse e não me interessei muito,já que nunca fui dada a coisas sobrenaturais,sempre tive medo.
Porém,como estou numa fase de mudança absurda,não sei mais direito o que gosto,desgosto,o que dá medo,ou não.Fui assistir.Pensei “Bem,se aparecer algo que eu não goste,é só eu desligar.”.Comecei a assistir,já tinha passado o início,mas como li a sinopse,sabia do que se tratava.O filme começou a prender a minha atenção,e eu assistia atentamente a cada cena,eu queria saber o que se passaria na cena seguinte,como a história se desenvolveria.
É claro que tomei partidos,como sempre.Queria que a menina se vingasse de seu assassino,claro.Mas além da tradicional torcida,fiquei olhando a fundo,analisando os personagens,seus sentimentos.Principalmente a Susie.Não estou morta (hahaha,óbvio),mas a compreendi muito bem.
A questão do vazio,da falta,de olhar pra trás,não conseguir seguir em frente até se libertar…
O modo como ela olhava o seu antigo quarto,com saudade,e estava sempre por lá.No meu caso a situação é inversa: Meu pai está no “paraíso”e eu na terra.Sinto falta da casa na qual vivi com ele,e na qual não moro mais… E é difícil seguir em frente…
Mas o filme me reforçou uma ideia,que eu já tinha em mente há tempos,mas ganhou força com a experiência cinematográfica de hoje (afinal,era mais de 00:00): Construir minha antiga casa no The Sims,para que eu possa “assombrá-la” à vontade.Construo várias coisas novas no jogo,como lojas,escolas… mas sempre olho pra trás.Acho que “assombrar” minha antiga casa,mesmo que no jogo,será libertador.
E só uma última coisa antes de terminar o post
Eu amo o cinema.Eu amo o teatro,eu amo a representação.Não por ser um mero passatempo,mas por fazer refletir,sentir,pensar… Eu já fiz teatro,amava,a única profissão que tenho em mente pra mim,além de esposa,mãe ou dona-de-casa,é atriz.Já saí da ilusão da “telona”.Atriz,atriz comum.Ganhar a vida fazendo teatro.Não com fama,mas com prazer.Tentar ser feliz.
Quero voltar aos cursos de Teatro.Dessa vez,pra ficar,e com sorte e dedicação,seguir uma carreira.Porém,a Depressão,minha atual companhia,me atrapalha.Teatro será um bom remédio para ela,já que afinal,é como se a arte tirasse a Depressão de perto de mim,tanto que,quando vejo uma peça ou filme,fico com a mente concentrada naquilo,e não há espaço para a Depressão.Porém,preciso ter cuidado,ela sempre chega primeiro,deixando minhas pernas bambas,coração vazio…inviabilizando qualquer coisa…
Mas é a luta diária,e já soube de casos de sucesso,de pessoas que passaram por isso e levam vidas normais,conseguiram chegar onde queriam… E eu vou continuar lutando,com meu blog e amigos como aliados.
Lindo post.
ResponderExcluirObrigada.Talvez seja por eu não escrever superficialmente,mas com verdade.
Excluir