domingo, 30 de dezembro de 2012

Desconhecimento,Ambição,Simplicidade…Saudade

Nesse ano de 2012 eu aprendi tanta coisa…Nem sei se a palavra “aprender” é correta para o que quero expressar…digamos,incorporei nossos hábitos.Bom,melhor assim!

brain-intro

Ouvir  rádio,ler livros com prazer(e que eles não são coisas de ‘apenas quem quer ser professor ou poeta…),fazer compras pela internet,entrar em fã clubes,querer ser como todo mundo,saindo do isolamento… Bastante coisa,não? Pra mim,pelo menos foi…

Por um lado é ótimo,pois o rádio e os livros me fazem viajar a outra dimensão,me tiram do tédio,me alimentam de cultura,afinal,também tenho muito essa espécie de fome… Com as compras pela internet,posso ter coisas mais variadas e mais baratas,assim economizando dinheiro e podendo comprar mais…

Mas por outro lado,a ambição e o desejo de consumo aumentaram muito.Vou todos os dias aos sites que já me certifiquei que são confiáveis para caçar promoções.Sim,caçar,literalmente.Olho o site minunciosamente... Fico chateada se não acho uma promoção de algo que eu queria,mas mais ainda se está em promoção e mesmo assim não posso comprar! Como se não bastasse desejar computadores,smartphones,tablets,notebooks,câmeras digitais e todos os artigos tecnológicos,agora desejo também os livros,muito…

Fico pensando se essa evolução,ganho de conhecimentos,foi boa pra mim,ou se só fez eu ficar mais ambiciosa.Sorte a minha que junto com a ambição também tenho o amor e a lealdade,ou acho que me tornaria uma pessoa desagradável.Sorte que eu soube que salvar a vida da minha cadela foi mais importante que um presente caro,embora eu mantivesse a esperança,até o último segundo,de que daria pra fazer os dois…Esperança ou ilusão,mas ‘anyway’,me mantém mais calma…

Fico refletindo e pensando se eu não era mais feliz quando criança,e meu pai,quem eu tenho me lembrado todos os dias e chorado,me ensinando a jogar piões e eu ria,ria,achava aquilo mágico… Mas é claro,choro em silêncio o máximo que consigo,pois se minha mãe escutar,vai se sentir impotente,tanto por ter perdido o marido quanto por me ver triste por isso e não poder fazer nada.Porém quando o choro fica alto,e ela insiste em perguntar o motivo,digo que foi a Depressão,ou algum amigo que brigou comigo… Bom,não é totalmente mentira.Se digo que briguei com alguém,não posso dizer o nome da pessoa,ou a leoa que chamo de mãe vai logo querer falar com o indivíduo…

Ai,em alguns momentos,como esse por exemplo,eu noto que toda essa ambição é tapa buracos…como vi no Facebook uma vez: “Todos temos ambições,mas no final nos damos conta que as pessoas mais simples são mais felizes”…

Buscamos substitutos para as coisas que não compreendemos…mas não tem outro jeito! Se as coisas são incompreensíveis/inalcançáveis,o que mais podemos fazer?!

A morte,por exemplo.Assisto tantos filmes sangrentos,leio livros de batalhas…me divirto… Mas no final,acabo vendo que a “Dona Morte”,como é chamada no The Sims,é uma grande troll…bom,essa é uma palavra bonita… eu diria quase desgraçada,porém não consigo imaginar nós,humanos falhos,vivendo pra sempre…

Eu queria o meu pai de volta,que tanto povoa meus pensamentos.Será que ele está por perto? Céu? Terra? Não sei de nada! Só sei que quero que as lembranças se apaguem,ou pelo menos,fiquem bonitas e menos dolorosas!

Nunca conheci o real horror da guerra física,mas na psíquica,digamos que eu sou calejada…Tão calejada a ponto de escrever esse blog… Quando escuto tiros de um morro próximo,tremo e procuro logo abrigo…atrás do sofá,por exemplo.Se tiver alguém comigo,ri e pergunta cadê minha coragem.Sei que fazem isso por brincadeira,mas não fazem ideia de como me humilha…Bom,mas como não tenho defesa contra isso,o que tenho a fazer é me esconder mesmo… A atitude mas sensata,sem a emoção que costuma tomar conta do meu ser… Porém,quando estou muito depressiva,pouco me importo com qualquer coisa,sejam tiros,raios,trovões…ciclones…

Mas eu me preparo tanto para uma guerra,que nunca aconteceu…Ou pelo menos aconteceu e acontece,internamente…Procuro sempre ter ‘reservas’,como por exemplo,sempre quero comprar shampoo,sabonete,cereal,leite etc antes de acabar,pois tenho muito medo que acabe e eu fique sem.A paranoia é assustadora…Quando há algo acabando,vou usando menos.E guardo meus arquivos também,como músicas,imagens etc,não apenas para não ter o trabalho de baixar tudo sempre,mas pensando que caso eu não possa acessar mais a internet,terei alguma coisa… Estive lendo Jogos Vorazes,e me identifiquei com a situação deles,mesmo que ela constantemente apenas aconteça em minha mente…

Porém tem um fundo de verdade,como o post sobre Baltazar e Firmino… e nem mencionei Margarida,a mulher que disse que se “aquela mulher (minha mãe) aparecesse no enterro (do meu pai) não seria admitida”… Na época,eu com oito anos,um tio disse à minha mãe: “Esqueça,Maria*.Não vá.Se aquela mulher te destratar,sou capaz de não responder pelos meus atos.” É mesmo,vadia? A mulher que viveu 10 anos com ele,não seria digna?

Quando penso nisso,uma fúria irremediável me envolve,e tenho vontade de quebrar todos os dentes daquela puta,sem nenhuma consideração,da maneira mais dolorosa que eu conseguir,pela insolência.Ou qualquer coisa que a fizesse pagar 1/10 do que sinto…

A mim,ela e os outros “permitiriam”,porém eu preferi guardar a imagem do meu pai vivo do que ele sendo enterrado,ainda que na morte dele eu não tenha chorado uma lágrima,pois estava com muita raiva pela separação… Bom,não chorei naquela época… Estou chorando tudo hoje em dia,com juros.E aliás,é assim que minha mãe diz que a justiça dos homens ou a de Deus se encarregará.Tarde,mas com juros.E sempre respondo: “Se não for eu,não tem graça.A coisa é pessoal,afrontaram algo muito precioso,minha família,e família é mais que sagrada,vale tudo por ela.”

Então,saindo disso,mas não totalmente,volto a meus personagens…

“Padrinho”,pra ele a família também era a coisa mais importante.”O homem que não se dedica à família,jamais será homem de verdade”(será o dia mais feliz da minha vida no qual eu me casar com alguém que compartilhe da mesma filosofia!)…  Quando ouço a essa música,ou vejo o filme,é quase como se eu visse meu pai novamente,sentado numa poltrona ou jogando sinuca,assistindo ao futebol.

https://www.youtube.com/watch?v=Z0gPAwTj_Ok

Não me lembro das preferências cinematográficas dele,mas por algum motivo,o Padrinho o lembra muito.Talvez sejam os cabelos brancos… Se meu pai fosse vivo,estaria com cerca de 74 anos…

Bom,não gosto de ficar resmungando a morte dele pros outros,por vários motivos.E um deles é conhecer mulheres que perderam seus filhos.O que na minha opinião,é muito pior.Já que enterrar pai e mãe é a lei natural da vida,e enterrar filhos é algo totalmente fora do normal,pelo menos pra mim.Mas minha terapeuta disse para eu ser menos dura comigo mesma,que é normal sentir falta,sofrer,ficar triste.Não há “medidor de tristeza” nem “tabela de tristeza”,que “você tem de ficar x% triste”…

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

A ideia enraizada…

Olá leitores,boa noite.Ou bom dia,não sei a que horas você lerá isto…hehe
Como uso esse blog para “colocar os fantasmas pra fora”,já tava querendo fazer essa postagem já a a algum tempo…mas agora,sei lá,que a acho realmente “necessária”…

Estava em um dos meus muitos grupos do Facebook… Um grupo no qual estou tentando conhecer as pessoas,fazer amizades.Então,vi várias meninas falando que amam um jovem ator,que são muito fãs,que o abraçariam,que o beijariam,que o admiram muito etc,coisa de fãs,normal…

Aí,lá vai a Sakura refletir de novo…

Nunca fui fã de verdade de alguém,pelo menos não até agora.Lembro-me que quando criança,uma pessoa me disse: “Não há porque venerar alguém famoso,é algo tão bobo…São gente como a gente.” Não vou dizer que o conselho foi algo certo ou errado.Eu diria um pouco dos dois! …Voltando ao grupo…

Eu olhei aquilo e pensei: Queria ser como elas…gostar assim de alguém,pra dizer pra todos que sou fã…mas eu não seria,primeiro pelo que ouvi quando criança e segundo porque era um homem…

Sim,isso influencia,por incrível que pareça.Agora até consigo gostar,ser até fã de uma pessoa e admirá-la mas sempre,sempre,uma mulher.Não sou lésbica,a razão é outra,e irei contá-la nesse post.Então,se quiser ouvir um “causo”,sente-se,pegue a pipoca e aproveite a leitura…

Quando eu era criança,(sempre começa assim,eu sei…),na conturbada casa na qual eu vivia,haviam mais dois homens além do meu pai,parentes dele.Pra um deles,que vamos chamar de Firmino* assim que Firmino se casou,meu pai fez uma casa pra ele em cima da nossa.Porém,Baltazar*,o outro homem,continuou morando na casa de baixo conosco.

Então,essa “coisa” minha,tem origem nos exemplos (ruins,mas nem todos!) que tive nos meus primeiros anos de vida.

Meu pai…era um homem muito carinhoso! Brincava comigo,me ensinava a rodar pião,jogar damas,desenhar… torcer para o Flamengo e o Brasil hahahaha Eu sabia o nome de todas as ferramentas de sua caixa! Ele me deixava ganhar em todos os jogos que eu jogava com ele,sendo de cartas,peças,qualquer coisa… Mas como ninguém é perfeito,ele era machista: Achava a minha mãe burra demais para ir ao banco,por exemplo.Achava que ela não seria capaz de lembrar as senhas,fazer contas… Não gostava que ela saísse sozinha,mesmo sabendo que ela ia visitar alguma tia minha,minha mãe conta que ele sempre cismou em achar que ela estava o traindo ¬¬ Aí ela ria da cara dele e dizia “Você acha que se eu tivesse um amante,novinho e bonitão,estaria com uma pessoa vinte anos mais velha,como você? hahahaha” Ele que comprava os móveis da casa também,eletrodomésticos,da marca que bem entendia,sem se importar com a opinião da minha mãe.Às vezes até levava um de seus parentes,que odiavam minha mãe e eram odiados por ela para ajudar… aff! Mas tem o outro lado né,ele nunca deixou dívidas pendentes nem faltar nada.Sempre trabalhou para prover a casa e a família,enquanto minha mãe cuidava de mim e fazia todas as tarefas domésticas.

Bom,digamos que isso ficou marcado em mim…Na primeira vez eu ouvi: “Sakura,você é machista!”,eu achei hilário e não acreditei.”Como vou ser machista sendo mulher?” Mas aí aprendi que é perfeitamente possível… Bom,prova disso é que eu fico tensa quando vejo que tenho 17 anos e nenhum sinal de pretendente.Acho coisa do outro mundo me imaginar trabalhando fora,feito um homem e trazendo o sustento pra casa.Acho que não irei conseguir,ou se conseguir,não serei feliz fazendo isso! Hahahaha,em pleno século XXI,muita gente,inclusive a minha mãe,me chama de antiquada… Vê se pode? HASHASUHSAUUH Se bem que não tiro a razão dela… Me preocupo tanto em formar uma “família tradicional” que às vezes imagino que seria bom se fizessem como naquela novela “Caminho das Índias” e me arranjassem um casamento….

Bom,agora os outros exemplos… Baltazar… Baltazar,quando eu era criança,tinha 19 ou 20 anos… Meus pais sempre brigavam pro causa dele! Ele discutia com minha mãe,minha mãe ficava com raiva…era uma merda só! Pelo que eu lembro,Baltazar não trabalhava,e nem terminou o Ensino Médio,afinal tinha preguiça demais para isso.Quando entrava no banheiro,passava uns 40 minutos lá,e quando saía,tudo estava cheio de vapor… Lembro que ele também levava violão e revistas pra dentro do banheiro… Mas eu nunca entendi,uma pessoa que passa tanto tempo no banheiro,ser como ele era: Sempre de boné,para esconder o cabelo despenteado e preso com alguma das minhas chuquinhas que ele roubava hahahaha… O quarto de Baltazar era uma área da casa proibida pra mim,já que minha mãe não entrava lá e nem queria que eu entrasse.Mas às vezes eu escapulia e ia “explorar”… Era MUITO bagunçado,com muitas roupas pelo chão,restos de comida,talheres sujos e embalagens embaixo da cama e muita poeira.Por isso,sempre que minha mãe percebia que eu estava lá,gritava pra eu sair daquele chiqueiro hahahaha… Baltazar tocava bateria em seu quarto,e colocava almofadas nos bumbos (é bumbo o nome?) para fazer mais barulho,e levava minha mãe à loucura.Ele também sempre chegava de madrugada em casa,batendo as portas e fazendo barulho,e também por esse motivo,eu não dormia no meu quarto,afinal era do lado do dele e meus pais temiam que ele me acordasse,então eu dormia no quarto dos meus pais,e o meu quarto só ficava pra brincar mesmo! Baltazar era branco,muito branco,quase tal como o Edward de Crepúsculo (por isso que não gosto desse personagem,por me lembrar Baltazar),era magérrimo,e tinha um sorriso amarelo,que mostrava para provocar a minha mãe…

Minha prima Roberta muitas vezes tentou me fazer sentir pena dele,e explicar que ele era assim porque perdeu a mãe muito novo…mas é aquela coisa,conheço gente que perdeu a mãe nova e não é porco desse jeito… Meu pai já chamou um pastor uma vez para orar por aquele rapaz kkkk Disseram que ele tinha um encosto,algo assim… Eu sei lá! Só sei que ele causou discussões entre meus pais e foi peça chave na separação,portanto,se eu encontrá-lo,quero fazer justiça!

Firmino…o outro homem na casa além de Baltazar e meu pai… Nunca tive muito contato com ele,afinal tinha cerca de 4 anos quando Firmino se casou e foi morar em cima da nossa casa.Firmino sempre andou com o nariz empinado,como se fosse melhor que tudo e todos.Mas nas discussões,como descreveram pra mim e eu ouvia,ele parecia um “galo de briga”: Ofendia,destratava,era grosso,estúpido e arrogante.Muitas vezes eu estava no quarto dos meus pais,sozinha,vendo novela ou desenho,no ar condicionado (como passava a grande maioria do tempo) e escutava “o mundo cair” na sala… Gritos,xingamentos,discussões… Lembro de ter me sentindo muito de mãos atadas,afinal nada eu podia fazer enquanto os adultos quebravam o pau… Só aguardar…

Desde que eu e minha mãe saímos de casa,nunca mais vi o Firmino…mas se eu vê-lo,pretendo partir pra cima dele,mesmo que isso seja praticamente um suicídio,afinal ele é alto e forte,pelo que consigo lembrar,cerca de 1,80… E eu,com 1,57 e ainda por cima,mulher! E essa foi uma das raízes do meu complexo de altura,me sentir em desvantagem se eu for ter a “tão aguardada luta” que eu imaginei e idealizei por tantos anos… E que foi uma grande base de construção da minha personalidade.

Bom,por isso,tanto “pé atrás” com os homens.Como já me disseram,eu sei que eles não são “moldes para os outros”,mas,fala isso pro meu inconsciente! Se fosse fácil mudar uma convicção,mesmo que você não creia mais tanto nela,os psicólogos e psiquiatras não teriam tanto trabalho,em anos e mais anos para ajudar uma pessoa a mudar um pouco,já que totalmente é praticamente impossível. E o motivo da imagem do sabão de coco é que,como tive esses exemplos,vejo os homens como uma espécie de cães ou algo parecido (tipo,morrendo de vergonha pois tenho amigos homens maravilhosos,mas essa ideia não sai da minha cabeça,então me perdoem),portanto acho estranhíssimo eles se preocuparem com cabelo,roupa ou qualquer coisa do gênero.A amizade de um homem,alguns estão me mostrando agora que existe e é maravilhosa.Mas amor,por enquanto,não experimentei,então não sei… Embora eu LUTE MUITO CONTRA,continuo imaginando isso aqui:

Não é totalmente verdade,meus amigos estão aí pra provar.Mas também não é totalmente mentira,já que já ouvi muitas histórias de meninas que foram “usadas e jogadas fora” pelos namorados…

Bom,aí eu vou vivendo,né… Lutando contra porque não posso apagar essas ideias como num passe de mágica… Me surpreendendo cada vez eu gosto de um personagem homem (Já que eu sempre torço pela mulher,não me importando se é a mocinha ou a vilã)…e a vida segue…

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Ser do contra,do mesmo lado…e ter a minha identidade

Estava eu,em casa,quando como um flechada,me vem uma reflexão…

A partir de um momento da minha vida, (só tenho 17 anos,não vivi tanto assim,mas,já aprendi alguma coisa…),pensei em precisá-lo aqui,porém não foi algo da noite para o dia,e sim progressivo: Decidi ser do contra.Sim.Se alguém dizia que gostava de frio,eu dizia que gostava de calor,se a pessoa gostava de branco,eu dizia gostar de preto,e assim sucessivamente…

Principalmente em relação à minha família paterna: Não queria ter nada,nada em comum mesmo,ser completamente diferente.Por exemplo,eles são flamenguistas.Passei a detestar e criticar o Flamengo com toda a força…

Mas por outro lado,na família materna,eu não era “a diferente”,MUITO pelo contrário: Era sempre uma cópia de uma prima chamada Roberta*.Robertinha,ou Roberta Parte 2,assim que eu sempre me senti.

Roberta foi sempre quase como uma irmã.Não sei se irmãos reais são assim,mas devem ser: Tudo que eu fazia,meus gostos e habilidades,eram comparados aos de Roberta quando tinha a minha idade.Até pela minha própria mãe,que várias vezes trocou o meu nome Sakura* pelo de Roberta,afinal,ela sempre conviveu muito com essa sobrinha,a viu crescer.

Às vezes era legal.Eu tinha orgulho de ser parecida com a Roberta.Sempre achei que ela tinha bom gosto,queria ser como ela.Era Deus no céu e Roberta na terra.Mas a coisa tomou proporções muito grandes,como por exemplo,eu me forçar a deixar de gostar de uma coisa porque Roberta não gostava.Ela era o parâmetro do bom gosto,do certo e do errado,do bom e do ruim,do chique e do brega… Com essa minha postura,as comparações só cresciam:

“Sakura,você é boa em redação,gosta de português…Roberta também é,e tirava muito 10 na escola,como você.” “Caramba Sakura,você gosta de coisas caras,ir ao shopping.Igual à Roberta!”

Mas merda,isso me torna um clone????  Com isso,comecei a caçar diferenças,já que as semelhanças,eu já tinha encontrado,ou,já tinham encontrado por mim.E para meu alívio,percebi diferenças,como por exemplo: Roberta é ligada à moda.Se pudesse,teria 1.000 blusas.Já eu,desde que dê para me vestir “direitinho”,já está bom.Se eu pudesse,teria 1.000 gadgets,isso sim.

JapaoFranca

Ela ama coisas francesas,e eu japonesas…

Enfim,não sou um clone.Mesmo assim,e não só com ela,os tios e outros parentes mais velhos insistem em fazer incômodas comparações.Minha vontade é dizer “CALA A BOCA!!!!” (ou colocar um cadeado…) mas existe aquela coisa chamada respeito,né… E também tento me fazer acreditar que não é maldade (embora às vezes pareça uma enorme provocação,ser comparada com primos,e principalmente,em estado de inferioridade)e sim a idade afetando a mente deles…

Bem,e pra finalizar,”do contra e a favor”,sempre tive essa coisa,escolher um lado…agora,a vida me força a ver que não é assim.Posso ser diferente,mas também parecida… Não só com a Roberta,mas também com gente da minha idade,que eu sempre fiz questão de me isolar deles para “não fazer parte da massa” e agora vejo a besteira que estava fazendo…

Por exemplo,eu sempre entendi esse símbolo…

ying-yang1

digamos,assim:

comoeuentendoyinyang

Tipo o meu insistente questionamento sobre gêneros:

“Se os homens são bons,prestam para alguma coisa,porque existem as mulheres?” ou “Se as mulheres que são boas,superiores,pra quê existem os homens?”

Bem,e vou tentando entender isso! Até a próxima!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Definições de medo

Eu,desde bem nova,sempre tive vários medos,como de escuro,fantasmas…e posteriormente,quando religiosa,do fim do mundo,julgamento e tal…

Meus medos não vieram do vento,têm explicações: Quando eu fazia algo errado,respondia mal ou algo assim,meu pai apagava a luz e fazia uma voz assustadora,acho que era pra eu ficar com medo e pedir desculpas…

Fantasmas? Deve ter sido coisa de filmes infantis,e também,quando eu tinha 4 anos e estava assistindo TV,deitada na cama,sozinha no quarto,tive a impressão de ver nitidamente meu avô materno,que morreu antes de eu nascer.Mas deve ter sido a foto que minha mãe me mostrou pouco antes,e ficou na minha cabeça.Nunca dei muita atenção à isso,não foi tão assustador.Mas até hoje,não sei o que achar.Quando eu estava na igreja,diziam que se víssemos um ente querido que já partiu,era um demônio se passando por ele.Bem,não sei de nada.

Fim do mundo? Apocalipse? Julgamento Final? Esse era o que mais me assustava.Ouvia tanta coisa na igreja,de transbordar os ouvidos: “Temos que ser corretos,não falar palavrão,não brigar,não sentir ódio,honrar com o dízimo,ser batizado no Espírito Santo (depois de adulto),não fazer sexo antes do casamento,não ser homossexual…”

Eu jamais diria isso naquela época,mas porra,pra ir pro céu tem de ser santo? Se você for simplesmente humano,sentir as sensações normais da carne,você vai pro inferno? É isso?

E curiosamente,conheci pessoas “mundanas e sujas” mais humanas e gente boa do que pessoas “da santa igreja”…

Não virei a “Senhora Coragem” de um dia para o outro,mas as coisas que eu temia,pelo menos por agora,parecerem tão insignificantes,ou pelo menos,bem menores.Não sou ainda do tipo que assiste filme de terror e dorme logo em seguida,mas por exemplo,se eu escuto uma porta ranger,não acho mais que seja coisa de outro mundo.Penso no vento,ou minha cadela que passou por ela…e mesmo que eu pense em “seres sobrenaturais” é como se eu não tivesse mais tanto medo.Eu quase digo: “Seja quem for,venha conversar comigo.Não tenho medo.” Alguém abre uma porta de supetão atrás de mim? Fico tranquila.Antes,pulava da cadeira e meu coração disparava.

Agora,o que me mete medo de verdade,ou algo parecido,já que às vezes não consigo sentir nada,nem de bom nem de ruim,é a depressão.Esquecer datas,horários,nomes… sentir vazio sem motivo aparente… Não me importar com quase nada.Sentir agulhadas,dores e correntes elétricas pelo corpo,não sendo tocada por coisa alguma… A depressão mudou muito a minha definição de “assustador”.

Por exemplo,agora,falam muito de data de fim do mundo.Tal dia,tal hora… Antes,eu me apavoraria,mas agora,estou mais preocupada se daqui a meia hora eu conseguirei mexer as pernas,braços…se não vou ficar tonta…se vou conseguir levar comida até a boca,ou se não vou comer desesperadamente…

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Sonhos,ambição…

Cá estou eu de novo,com a minha incessante mania de refletir…

Estou eu aqui,em mais um dia comum,e tedioso.Acordei cerca de 12:30.Fiz várias tentativas de acordar antes,porém não consegui.Não tomei remédios para dormir na noite anterior,então não vi razão para isso.Meu corpo estava mole.Eu abria os olhos,por 3 segundos,e eles se fechavam,contra a minha vontade ,como se eu desmaiasse.Mas isso não foi de todo ruim:

Enquanto eu dormia,eu sonhava com uma mansão enoooooooooooooooooooooorme,cheia de passagens secretas.Minha missão era encontrar todas.E a cada uma que eu encontrava,eu era elogiada.As pessoas que eu gosto,estavam reunidas nessa mansão.Tanto as vivas,como as mortas,como as que ainda estão por nascer/encontrar no mundo… Eu entrava abaixada em portas minúsculas e saía em salões enormes,com música clássica.

Eu estava com um vestido longo e armado,pouco similar ao da foto,por era branco,com detalhes beges e prateados… Eu rodopiava por um dos salões da mansão,enquanto tocava Mozart,depois Beethoven… E por uma das enormes janelas,eu podia ver crianças brincando no jardim,que era do verde mais lindo já imaginado.As crianças pulavam,corriam,sorriam…e eu ao ver a cena,também abri um enorme sorriso…

Mas como não podemos viver assim,acordei.Passei um bom tempo esperando minha novela favorita,que assisti pela primeira vez quando tinha três aninhos:

Assisti minha novela,e então,sem “compromissos”,estava mais tranquila,livre,para perder as horas de vista.Fiquei então,”de bobeira” no PC.Fui jogar The Sims 3,afinal não jogo faz tempo.

Comecei…e não me diverti.Não tem mais a graça que tinha antes.Uma vez,minha prima *Roberta disse que não vejo mais graça no jogo porque estou amadurecendo.Faça-me o favor! Conheço gente casada e com filhos que joga! Gente que trabalha,faz faculdade… E além disso,acho que a gente nunca deve perder o lado criança,senão a vida fica insuportável.

E assim,com meu desinteresse pelo jogo,começa a reflexão de hoje: Quando comecei a jogar The Sims,era o 1.Num computador muito humilde.Porém,eu passava horas e horas jogando.Até que resolvi ir para o The Sims 2.Como o computador era muito humilde,travava tudo,dava lag,os gráficos tinham que ser mínimos. Aí,comecei a ambicionar ter expansões pro TS2.Coloquei uma expansão,travou,mas dava pra jogar.Fui pôr a segunda.O jogo ficou tão lento,mas tão lento,que nem valia a pena jogar.Então,me chateei e desinstalei a tal expansão.Mas não desisti: Comecei a desejar com toda a minha força um computador melhor,não para jogar as expansões do 2,mas para instalar o 3,já que nessa época eu já queria mudar para o 3,”só de raiva”,digamos assim.

Pesquisei o que era importante pro jogo rodar bem e fui montando o “PC ideal” mentalmente.Pedi de presente de aniversário,e ganhei.Dezoito prestações.Mas eu estava feliz,muito feliz.Jogava todos os dias,por várias horas.Virava até madrugadas jogando.Porém,apesar de o jogo ser rápido,não tinha um gráfico bom.Mais uma ambição: Placa de vídeo.Esperei,esperei e deu pra comprar.Seis prestações.Por um tempo,eu jogava alegremente,muito feliz.Criava sims,casas… tirava fotos…

Agora,acho uma sacanagem,eu depois de tudo isso,computador e placa de vídeo,perder a vontade de jogar.Sentir tristeza,desânimo.

Agora,minha nova ambição é um tablet,notebook,qualquer coisa portátil.Que eu possa levar para outros lugares.Escrever este blog deitada,e não ter de fazer o esforço de andar até o desktop e sentar na cadeira… Estou pensando na Depressão: “Mesmo que eu esteja bem deprimida e só queira ficar deitada,pelo menos terei acesso à internet.”Mas se eu REALMENTE estiver deprimida,não vou conseguir nem levantar as mãos para digitar.Besteira.

Quando saio de casa,olho vitrines e mais vitrines.Desejo os produtos,e fico triste,e até raivosa,por não poder comprar.Mas aí eu paro para pensar,que se já tenho um PC com bastante memória,placa de vídeo,e só fiquei feliz por alguns meses,existe toda a chance de acontecer isso novamente…

Me lembro também da época que eu não tinha condições de ter um telefone fixo,e era obrigada a usar o orelhão se quisesse fazer alguma ligação.Também de quando comprei meu primeiro celular,”tijolão”,e ele era minha única comunicação… Pensar nessa época me faz valorizar mais o que tenho agora,embora também me encha de ódio,e vontade de fazer os culpados por essa merda pagarem…

Mas enfim,esse ano eu até ganharia um gadget novo,para a minha felicidade geek.Mas,minha cadela ficou doente…

E tive que pagar um tratamento e até uma cirurgia pra ela.Mas o importante é que ela está bem.É uma questão de lealdade,ela sempre me deu e me dá muita alegria,eu não poderia largá-la no momento que ela mais precisava.E me culparia pro resto da vida se não a tratasse para fazer meus caprichos.Enfim,o que era certo,foi feito.Meu bichinho,que estava triste e amuado,agora pula,abana o rabo e come muito Smiley de boca aberta  Não posso dizer que estou 100%,afinal minha maldita ambição geek e a depresão não permitem,mas estou,de qualquer modo,feliz. Tento pensar,por exemplo,que não tenho meus caprichos,mas tenho minhas necessidades,como água,luz,comida,e muita gente sonha com isso.Mas não dá muito certo… Já me dão essas lições de moral desde que eu era bem jovem,e elas sinceramente,não me fazem bem.Afinal,não tenho como resolver os problemas do mundo (nem os meus!) E cá pra nós,sem querer parecer ingrata,mas já sendo…

Existe gente com coleção de ferraris,Iphones,Iphones de ouro,diamante… Sei que é uma parte bem reduzida,quase inexistente da população mundial,mas pô,perto disso,como a imagem acima,o que eu tô querendo é quase nada!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Mais um dia,quase qualquer,quase marcante

Acordei.Um pouco irritada,como quase sempre.Estiquei minha estadia na cama até onde pude.Chegou a hora de me arrumar.Peguei o ônibus,afinal,seriam as duas últimas provas,Português e Física.Minha mãe foi comigo,mais uma vez,afinal gosta de me dar segurança,e eu não estou muito a fim de recusar.Saindo do ônibus,encontramos colegas descendo a rua da escola.Pensei: “Acabaram a prova mais cedo.O professor já está liberando…Espero que mesmo assim me deixe fazer a prova,afinal,é raríssimo eu me atrasar…” Então fui subindo a rua da escola…cheguei lá,fui na sala de costume para fazer a prova,no segundo andar.Encontrei a sala vazia…

Então,fui às outras salas do segundo andar.Em todas.E só as encontrava vazias ou com alunos do terceiro ano.Subi para o terceiro andar,e encontrei o mesmo que no segundo.

Suando muito de tanto subir e descer escadas,fui até o térreo,perguntar na secretaria,afinal,onde a minha turma estava.Uma senhora me disse: “Segundo ano? A prova foi aplicada na própria sala,onde vocês têm aulas.” Ah,que alívio,minha busca chegara ao fim!

Me dirigi então à minha sala,que não se situa no prédio,é uma “casinha” acima da sala dos professores.Quando cheguei lá,avistei meus colegas na segunda escada,que leva à sala do lado da nossa.Olhei pra eles rapidamente e comecei a abrir a porta da sala.Ninguém.

Perguntei então aos colegas o que estava acontecendo.Me disseram: “Sakura,a prova de Física foi às 7:30,e o professor já foi embora.” “-E a de Inglês?” “Também.”
Corrigindo o início da postagem: A segunda prova era de Inglês,e não de Português… Pra vocês verem como a minha mente anda confusa ¬¬ Voltando ao assunto,então fui à secretaria,saber se haveria 2ª chamada,enfim,um meio de “resolver minha vida”.

Cheguei lá,minha mãe estava conversando com a diretora,afinal surgiu outro problema: Um erro no meu boletim(que também aconteceu com outros alunos),que ao invés de 5 pontos no primeiro bimestre,estava apenas 0,5.O que me prejudicaria muito.

Aí eu disse o que tinha acontecido,que as outras provas nos outros dias foram às 10:30 e eu achei que essa seguiria o mesmo padrão,mas me enganei.Me senti um lixo,como se minha memória tivesse me traído,afinal,sempre fui se não “a”, “uma” das alunas mais atentas da sala com datas,prazos,horários e ultimamente,estou tão esquecida e confusa,que nem pareço a mesma pessoa.

A diretora e uma senhora que a auxilia com os papéis,notaram (tanto pela minha expressão como pela quantidade de papéis do psiquiatra que minha mãe leva para comprovar que estou falando a verdade) que eu não estava brincando.Diria que elas até tiveram pena,não sei.Ou apenas compreenderam a situação.Então,me deram a lista de chamada e uma cópia da prova de Inglês.

Estava muito fácil.Eu lia e respondia.Se demorei 5 minutos,foi muito.E eu gostaria de obter a resposta pra essa pergunta: Como eu esqueço horários,dias,confundo matérias e não esqueço o que sei de Inglês? Misericórdia divina? Ou o esquecimento afeta apenas parte da minha mente? Enfim,por enquanto não sei.A senhora até me elogiou pela rapidez,e eu agradeci com um leve sorriso.

Então,era hora da prova de Física.Não estavam encontrando-a.Procuraram,procuraram e procuraram,e chegaram à conclusão de que o professor tinha a levado consigo.A diretora não se conformou com isso,então se lembrou da matriz.Então,a senhora que a auxilia,foi rodar uma xerox.

Esperei pacientemente,e absolutamente calada.Felizmente a Depressão não afeta minha voz,porém,sinto pouca vontade de falar.É como se o silêncio fosse mais confortável.E quando falo,falo muito mais baixo do que o habitual.Quase sussurrando.Se tem uma coisa boa nisso,é que lembro de uma brincadeira do Facebook,que insistentemente fazem com a Britney Spears,por ela usar playback,colocam uma foto dela com a legenda “apenax calada”.Bom,um meme que me compreende Alegre

Aí,a prova me foi dada.Nunca me interessei por Física ou qualquer Ciência Exata,mas,precisava passar de ano.Comecei a fazer a prova,do jeito que sabia.Não tinha estudado na noite anterior,estava estressada,não conseguiria me concentrar.Então comecei.De repente,me veio uma luz à mente: Matérias anteriores,que tinham algo a ver,e um colega,dois dias antes,que me deu uma breve,mas boa explicação da matéria via Internet.

Então,com tudo mais claro,fui fazendo a prova.Não devo ter gabaritado,mas,tenho quase certeza que consegui tirar uma nota no mínimo suficiente para ser aprovada.Então,mais tranquila,entreguei minha prova,encontrei minha mãe e fomos embora.Pelo caminho,disse a ela a luz que me ocorreu.Então ela disse,que assim que eu comecei a fazer a prova,ela começou a orar.Não ando muito religiosa nem crente ultimamente,porém…

Se foi esse Deus da minha mãe que me ajudou,eu O agradeço.Não o conheço,mas agradeço.

Então,saindo da escola,fomos à casa de uma prima minha.Minha mãe ficou em casa com minha tia,afinal ela passa muito tempo sozinha (principalmente quando estou na escola) e é bom ela se distrair.Minha prima precisava fazer compras,então fui com ela. Gostei do passeio.Vi lojas,dei opiniões,tomamos sorvetes… Fiquei com dores e tonta algumas vezes,o que já é quase “normal”.Ela,antes de sairmos,se mostrou disposta a me apoiar em algo que eu sentisse.Mas eu não quis incomodá-la com minhas sensações,afinal,sair com uma pessoa que fica reclamando de tontura toda a hora,deve ser chatíssimo.

Então,do passeio,vim direto no ônibus para a minha casa,como tinha combinado com minha mãe.E minha prima foi para a dela.Finalmente,eu chegaria em casa e poderia descansar meu corpo cansado,depois de tanto andar.É bom pegar um ar da rua,mas cansa.

Minha cadela pulou,me saudando,porém assim que abri mais a porta,ela saiu para a varanda,procurando minha mãe…

Coloquei um pouco de ração para ela,afinal estava sem,e fui checar e-mail,rede social… Depois fui descansar um pouco.De repente,me deu um vazio absurdo: Depois de ter passeado,resolvido minha vida na escola,eu estava triste.Inexplicavelmente.Fiz carinho no meu animal e isso ajudou a aliviar a sensação.Liguei para minha mãe,e ela já estava no caminho de volta para a nossa casa.

Ela chegou.A abracei,afinal sentia sua falta.Nossa cadela deu belas boas-vindas a ela,melhores do que a mim.A cadela deve achar que minha mãe também é mãe dela rs…

A sensação de tristeza e vazio passou,por breves momentos.Senti uma vontade que tem sido constante: Ter um porão em casa.Lugar sem janelas,escuro.

Para eu ficar num “ambiente calmo e silencioso”,”sozinha com meus pensamentos”.A ideia é absurda até pra mim,afinal precisa-se de janelas para pegar ar,ver o céu etc.Mas eu sinto essas coisas,quase incontroláveis.Desejo,de ficar num lugar sombrio onde ninguém me incomode.Mas,espera,isso me deixaria pior! E do mesmo momento que “não quero ser incomodada”,fico feliz quando vejo meus colegas de escola por exemplo e eles me cumprimentam.Quero estar acompanhada,mas também quero estar sozinha.Não sei o que optar! E isso ficou bem claro,com um exemplo hoje: Minha prima perguntou se eu queria água ou Coca-Cola.Hesitei MUITO em responder.Acabei escolhendo água,com dúvidas,mas escolhendo. Nesses dilemas todos,de não saber o que eu quero,eu tenho uma certeza,talvez a única: Eu quero PAZ.Que isso passe.Que minha mente fique tranquila.Não ‘tranquila’ de apática,de não estar triste nem feliz,mas tranquila de estar ‘normal’,o que eu não tenho visto nos últimos tempos.

Mas,só lembrando… uma coisa que aconteceu hoje: Enquanto estávamos eu e minha prima indo de loja em loja procurar o que ela queria,um vendedor,senhor idoso,no caixa,olhou pra mim e disse: “Você não dá um sorriso?” Então sorri.Muito sem graça e forçadamente,mas sorri.E então voltei à “poker face”.Minha prima,inclusive na rua disse: “SAKURA! Muda essa expressão,por favor!” Tentei fazer uma cara menos séria.Melhorei um pouco,mas não muita coisa.Me sinto idiota quando sorrio sem vontade.Prefiro ficar de “cara amarrada”,demonstrando meus verdadeiros sentimentos,do que com um sorriso falso no rosto,que me faz sentir muito,mas muito pior.