Estava eu,em casa,quando como um flechada,me vem uma reflexão…
A partir de um momento da minha vida, (só tenho 17 anos,não vivi tanto assim,mas,já aprendi alguma coisa…),pensei em precisá-lo aqui,porém não foi algo da noite para o dia,e sim progressivo: Decidi ser do contra.Sim.Se alguém dizia que gostava de frio,eu dizia que gostava de calor,se a pessoa gostava de branco,eu dizia gostar de preto,e assim sucessivamente…
Principalmente em relação à minha família paterna: Não queria ter nada,nada em comum mesmo,ser completamente diferente.Por exemplo,eles são flamenguistas.Passei a detestar e criticar o Flamengo com toda a força…
Mas por outro lado,na família materna,eu não era “a diferente”,MUITO pelo contrário: Era sempre uma cópia de uma prima chamada Roberta*.Robertinha,ou Roberta Parte 2,assim que eu sempre me senti.
Roberta foi sempre quase como uma irmã.Não sei se irmãos reais são assim,mas devem ser: Tudo que eu fazia,meus gostos e habilidades,eram comparados aos de Roberta quando tinha a minha idade.Até pela minha própria mãe,que várias vezes trocou o meu nome Sakura* pelo de Roberta,afinal,ela sempre conviveu muito com essa sobrinha,a viu crescer.
Às vezes era legal.Eu tinha orgulho de ser parecida com a Roberta.Sempre achei que ela tinha bom gosto,queria ser como ela.Era Deus no céu e Roberta na terra.Mas a coisa tomou proporções muito grandes,como por exemplo,eu me forçar a deixar de gostar de uma coisa porque Roberta não gostava.Ela era o parâmetro do bom gosto,do certo e do errado,do bom e do ruim,do chique e do brega… Com essa minha postura,as comparações só cresciam:
“Sakura,você é boa em redação,gosta de português…Roberta também é,e tirava muito 10 na escola,como você.” “Caramba Sakura,você gosta de coisas caras,ir ao shopping.Igual à Roberta!”
Mas merda,isso me torna um clone???? Com isso,comecei a caçar diferenças,já que as semelhanças,eu já tinha encontrado,ou,já tinham encontrado por mim.E para meu alívio,percebi diferenças,como por exemplo: Roberta é ligada à moda.Se pudesse,teria 1.000 blusas.Já eu,desde que dê para me vestir “direitinho”,já está bom.Se eu pudesse,teria 1.000 gadgets,isso sim.
Ela ama coisas francesas,e eu japonesas…
Enfim,não sou um clone.Mesmo assim,e não só com ela,os tios e outros parentes mais velhos insistem em fazer incômodas comparações.Minha vontade é dizer “CALA A BOCA!!!!” (ou colocar um cadeado…) mas existe aquela coisa chamada respeito,né… E também tento me fazer acreditar que não é maldade (embora às vezes pareça uma enorme provocação,ser comparada com primos,e principalmente,em estado de inferioridade)e sim a idade afetando a mente deles…
Bem,e pra finalizar,”do contra e a favor”,sempre tive essa coisa,escolher um lado…agora,a vida me força a ver que não é assim.Posso ser diferente,mas também parecida… Não só com a Roberta,mas também com gente da minha idade,que eu sempre fiz questão de me isolar deles para “não fazer parte da massa” e agora vejo a besteira que estava fazendo…
Por exemplo,eu sempre entendi esse símbolo…
digamos,assim:
Tipo o meu insistente questionamento sobre gêneros:
“Se os homens são bons,prestam para alguma coisa,porque existem as mulheres?” ou “Se as mulheres que são boas,superiores,pra quê existem os homens?”
Bem,e vou tentando entender isso! Até a próxima!
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